terça-feira, 9 de novembro de 2010

O CASAMENTO DE GOVERNO


Equipes & governos
Marcos Fernando

Escolher uma equipe de governo é tão delicado qto escolher um bom casamento. A escolha acertada evitará futuras dores de cabeça. Pode ouvir-se muitas pessoas mas a decisão é pessoal. Se o time for vencedor mt talentos individuais serão reconhecidos mas se for o contrario o técnico vai ser o grande responsabilizado.
Montar um bom governo se assemelha em mt com montar um bom time para vencer o campeonato. Tem q se levar em conta o resultado a ser obtido e o estilo de futebol q se quer jogar. A meu ver os jogadores estrelas, q se julgam mais importantes q o time precisa ser evitados para evitar constrangimentos. Governar é um esporte coletivo. Os “jogadores “ precisam está em profunda sintonia com o “técnico” e o técnico precisa ter plena confiança nos escalados. A equipe precisa está disposta a suar a camisa pra fazer bonito. Abrir mão de interesses e vaidades pessoais em nome de um objetivo maior. É preciso evitar a ingenuidade  e amadorismo dos iniciantes além da arrogância e a soberba dos veteranos. 

   Ao ler este artigo do meu amigo Marcos Fernando fiquei pensando em  comentar  no seu blog (http://balaiodaarte.blogspot.com/), mas o comentário ficou com cara de post e resolvi publica-lo aqui:
      Marcos, em primeiro lugar, se você casar com quem joga no mesmo time fica difícil dar certo pra quem não é homossexual (ou você está propondo que todos sejamos homossexuais?? rs rs rs).
   Mas você não foi totalmente infeliz ao fazer essa proposição. Essa representação/comparação é bastante comum no PT, na FPA e no Governo à muito tempo. Foi muito útil no começo quando o PT e a FPA não era 'ninguém'. Para resistir e se fortalacer era preciso criar esse clima.
    Mas hoje as coisas mudaram muito. É bastante difícil definir a nova realidade e descrever todas as mudanças. Os desafios, portanto, são outros.
      Hoje, tanto o PT, a FPA e o governo, se quiserem continuar indo bem, precisam  contar  com jogadores de esportes coletivos e de esportes individuais(existem pessoas que produzem bem sozinhas e existem aquelas que produzem bem em grupo).Um bom lider ou um bom governante (governante do futuro) tem que gerir, liderar a diversidade, incentivar a tolerância  e buscar a sustentabilidade que só é possível ampliando o espaço para as diferentes habilidades, visões, formas e estratégias de trabalhar.    
      Sejamos realistas, desconfianças e vaidades sempre existiram. Nunca existirá um governo de puros. Portanto pra montar uma boa equipe é bom partir dessa realidade. Se fosse eu a governante iria querer muitas estrelas na minha equipe(sabe aquela expressão?: 'quanto mais estrelas mais iluminado meu caminho', ou aquela outra ' se sua estrela não brilha não tente apagar a minha'). O desafio é esse: governar e liderar estrelas.
      Depois que ficou muito forte essa idéia de time, o câncer que hoje corrói o PT e a FPA (no Acre e no Brasil também) ganhou a dimensão que hoje ameaça sua existência. O fisiologismo que cresce à olhos vistos, o cordão do puxa-saco que cada vez aumenta mais  se fortalece muito quando se trabalha com  a idéia de time (pense nisso!).
     Existia no PT uma boa dúzia de lavadeiras (dessas que levam a trouxa para a beira do igarapé e com um bom porrete batem com muita força até tirar a sujeira daquelas roupas mais grossas). Muitas foram expulsas, outras intimidadas e outras sem saber o que fazer desistiram. 
       Uma boa equipe precisa das lavadeiras, pois do contrário chega-se ao fim do governo e tem tanta roupa suja acumulada atrás das portas, tanta sujeira debaixo do tapete que ninguém aguenta a fedentina.
       Houve um tempo que criou-se um clima de que bons são somente os propositivos. Os críticos deviam ser banidos. Fortaleceu-se tanto os espaços dos propositivos que hoje tem um monte de gente com uma malinha cheia de receitas prontas, remédios pra todas as doenças e  poucos com capacidade crítica e autocritica. A realidade é dinâmica  e quando alguém aparece fazendo críticas é logo isolado como se estivesse com alguma doença contagiosa. O governo precisa de gente que tenha ouvido bom e muita criatividade pra dar respostas à dinamicidade da realidade e àquelas questões que não estão no scrip ou na malinha das proposições.
     Acredito até que em cada secretaria ou ministério o governo deveria ter duas equipes: uma para elaborar as ações e intervenções e outra pra elaborar as críticas. Mas não críticas frágeis e superficiais, aquelas boas mesmo (usar a estratégia das vacinas).   
      Outra coisa, os governantes precisam entender bem como funcionam as relações de interdependência que é a relação entre individuos ou grupos independentes. O mau funcionamento de muitos espaços públicos deve-se às formas centralizadoras de gestão  onde tudo emperra por conta de uma dependência entre comandantes e comandados.
         Mas não adiante se iludir muito. O 'time' já está 90% definido em compromisssos com  apoiadores desde o início da campanha(que por sinal começou à mais de quatro anos) . Mas palpitar e exercitar o diálogo sempre é bom.           
       
       

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