segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Alexandre, o Grande e Diógenes, o Filósofo mendigo


Gosto muito da lendária história de um diálogo entre o Imperador Alexandre e Diógenes o filósofo mendigo.Diz a história que: 

Alexandre, o Grande, que, ao encontrar Diógenes, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para  Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol"). Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."

    Dedico essa história à todos 'imperadores' do momento.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

De Marina pra Marisa, De Marisa Pra Marina


   Marina, passou seu aniversário e eu numa correria grande, lembrei de você apenas em minhas preces.
   Nesse feriado fui limpar um baú onde guardo coisas antigas pra livra-las do cupim e da umidade. Achei essa poesia que fizestes pra nós. Resolvi dedica-la a você pela passagem do seu aniversário. Ela, com certeza, será um bom escudo nesse ano de cabo de guerra. Muitos vão esquecer seu nome ou elogiando demais ou depreciando-a. Nessas horas lembre da poesia e de seu nome verdadeiro.

De Marias, Amélias e Madalenas
Marina Silva

No sofrimento somos Maria,
mãe de um Deus assassinado.
Marias sem alegria,
dor sem futuro ou passado.

Na renúncia somos Amélia, 
de uma triste verdade.
Amélias dem sonho, 
desejo ou vontade.

No preconceito, Madalena,
nas praças apedrejada.
Madalenas: ao pecado
e à culpa predestinadas

Só no amor temos nomes 
E as formas de nossa estima
Velha mãe, jovem formosa.
E, eternamente, menina.


Alma Gêmea


Erre por amor,

Erre pela vida,

Mas não erre

por favor,

a porta de minha'alma.

PS. Essa tirei de uma gaveta. O cupim comeu o resto.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Outros Poemas


Também  diz  Florbela:

Tenho por ti uma paixão

Tão forte tão acrisolada,


Que até adoro a saudade


Quando por ti é causada

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Um pouco de poesia...


"Nunca fui como todos

Nunca tive muitos amigos

Nunca fui favorita

Nunca fui o que meus pais queriam

Nunca tive alguém que amasse

Mas tive somente a mim

A minha absoluta verdade

Meu verdadeiro pensamento

O meu conforto nas horas de sofrimento

não vivo sozinha porque gosto

e sim porque aprendi a ser só..."


Florbela Espanca

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A P'ssora


"Pessoas simples, em muitos lugares comuns, com pequenos gestos e atitudes .... podem realizar coisas extraordinárias para mudar o mundo" Essa foi uma citação no discurso do prefeito de Rio Branco na ocasião da posse dos novos servidores públicos na última quarta feira. Eu estava lá para ser empossada como professora.
Para ser professora estou me despedindo da Biblioteca da Floresta (com aqueles sentimentos que querem escorrer pelos olhos - criei laços,afetos com gentes deste lugar) .
Mas estou empolgada. Viver o cotidiano de uma escola de ensino fundamental num bairro que apresenta um quadro social bastante adverso é um desafio. Gosto de desafios. Deixam a vida mais vibrante.
No final do ano passado terminei o curso de psicopedagogia. Como psicopedagoga que agora sou vou colocar em prática conceitos e teorias e fazer da minha experiência um laboratório pra realizar um dos maiores prazeres na vida que é aprender o que não sei e ensinar o que sei. Além disso, com certeza  alimentarei alguma esperança de uma ética social aprimorada e desvencilhada dos desvios criados pelos processos civilizatórios que nos fizeram perder a noção da ética ensinada por nossa 'Grande Mãe' natureza.   
 Estou tentando levar a sério o Foucault que diz:
  "Nada mudará a sociedade se os mecanismos de poder que funcionam fora, abaixo, e ao lado dos aparelhos de Estado ao nível mais elementar no cotidiano, não forem modificados."
    Contarei essa história aqui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Vaso rachado



Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio.

Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.

Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser 'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa...' 

A velhinha sorriu: 'Você reparou que lindas flores tem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.'

Reflexões


Assim como a história da Diana, tem a da Geni, da Regina, da Isabella e muitas outras que em outras ocasiões contarei.
  Pesquisas apontam que em torno de 70% das adolescentes e jovens que são exploradas sexualmente nas esquinas do Brasil foram abusadas sexualmente em suas infâncias.
  Outras pesquisas indicam que quase todas as mulheres que são vítimas da violência doméstica praticada por maridos, companheiros, namorados, etc... foram vítimas de maus-tratos diversos na infância comprometedores dos vínculos com a familia de origem.
 A ética social que hoje praticamos é uma vaga lembrança da ética natural perdida com os processos civilizatórios.