Tuas mãos conversam com minha pele e atiram no lixo meu SER.
Teus lábios me dizem ‘verdades’ desmentidas pelo teu olhar.
Teu gesto constrói falsas pontes e verdadeiras muralhas que só aumentam o abismo da desigualdade entre nós.
Na solidão resisto, reconstruo meu SER na ressignificação do lixo.
Na história busco a verdades transcendentes a nós e às nossas ilusões.
No gesto detono muralhas, mapeio trilhas inéditas, construo barcos para a travessia.
Mas tudo isso não basta. Constrói-se apenas como uma diferença nas mazelas do turbilhão de desigualdades.
Reconheço: justiça é uma utopia no mundo dos humanos.
Transcendo para a justiça de além.
Concluo: melhor que transgredir a ordem dada é transcender a injustiça instalada.
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