Fazer 50 anos,jubileu de ouro, meio século, pede uma pausa de reflexão.
Confesso que nessa idade tem uma parte de mim que sente umas dores.
Dores da matéria gasta, dores das cicatrizes da alma, mas quando me
distancio em busca de um conforto encontro eu mesma livre dessas
dores.Numa data como essa tento inventariar coleções do que acumulei
durante anos para expor, mas encontro muito pouco. Quando começo a me
entristecer por isso, vou descobrindo que a vida sempre me desafiou a
ser muito e ter pouco, nunca me deu moleza nesse quesito. E de novo
encontro eu mesma, aquela que sempre fui, que sou e sempre serei.
Nasci em tempos finais da ditadura no Brasil(1967), cresci nos tempos de abertura democrática e vivi minha juventude no ápice da luta por direitos e democracia e agora, na meia idade, assisto com uma certa tristeza, um tanto de frustração, decepção e desconforto a esculhambação geral da República. A única coisa que não aquebranta meu espírito é a consciência de que toda ação tem uma revanche, portanto, boa parte do que assisto é o estertor de um modelo que finda. Na vida pessoal, familiar e amorosa é sempre o paradoxo de me identificar e diferenciar ao mesmo tempo, de não me acostumar com algumas coisas que todo mundo diz: "é assim mesmo", de prevalecer a divergente enquanto desejo convergir. Hoje que a vitalidade já inicia a queda prefiro não estressar muito e me poupar mais. Em qualquer das dimensões vou assim tecendo uma mediação entre meu Ser gentil, terno e amoroso, esperançoso, otimista, feliz e essa carcaça que aos poucos vai ficando dolorida, pesada e perdendo seu prazo de validade. E por fim gratidão por todas as felicitações e vibrações positivas desejando a minha felicidade, participando nessa festa virtual que se insere na festa que transcende essa caixinha e se expande pelo universo afora.
Nasci em tempos finais da ditadura no Brasil(1967), cresci nos tempos de abertura democrática e vivi minha juventude no ápice da luta por direitos e democracia e agora, na meia idade, assisto com uma certa tristeza, um tanto de frustração, decepção e desconforto a esculhambação geral da República. A única coisa que não aquebranta meu espírito é a consciência de que toda ação tem uma revanche, portanto, boa parte do que assisto é o estertor de um modelo que finda. Na vida pessoal, familiar e amorosa é sempre o paradoxo de me identificar e diferenciar ao mesmo tempo, de não me acostumar com algumas coisas que todo mundo diz: "é assim mesmo", de prevalecer a divergente enquanto desejo convergir. Hoje que a vitalidade já inicia a queda prefiro não estressar muito e me poupar mais. Em qualquer das dimensões vou assim tecendo uma mediação entre meu Ser gentil, terno e amoroso, esperançoso, otimista, feliz e essa carcaça que aos poucos vai ficando dolorida, pesada e perdendo seu prazo de validade. E por fim gratidão por todas as felicitações e vibrações positivas desejando a minha felicidade, participando nessa festa virtual que se insere na festa que transcende essa caixinha e se expande pelo universo afora.
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