Como aquele da montanha que sonha ter um igarapé aos seus pés,
pertencendo à mesma paisagem.
No entanto, nada pode o igarapé fazer para realizar o sonho da montanha.
O percurso das suas águas obedecem ao declive natural da paisagem desenhada por Deus.
Como o da formiga, que junto às suas irmãs cortam folhas, constrói caminhos e ninhos no solo, distante do céu infinito onde voa a destemida águia.
Quando em um descanso ela pousou em um galho e a formiga que por ali passava, em busca de mais uma folha, uma carona pegou em sua pata.
Lá das alturas não pode avistar o chão, pois não fora abençoada, como a águia, pelo dom da visão. Teve certeza, então, que seu lugar era no chão.
Desencontros são destinos predestinados pelos planos de Deus.
É nos desencontros que os encontros acontecem.
A montanha encontrou o seu destino de ser o que é,
numa paisagem sem um igarapé no seu sopé.
O igarapé, em seu curso, enfeita outras paisagens,
sem medir a distância do sopé.
A formiga sem amigas nada é,
feliz com seu destino caminha aos nossos pés.
Enquanto isso a águia transborda seu olhar no infinito horizonte,
tão longe de sopés, igarapés e dos nossos pés.
Olá, tomara que esteja td em paz com vc e sua família. Sinto saudades das suas visitas no meu blog
ResponderExcluirT+
Muitos afazeres, sem tempo. Qualquer dia desses tiro um tempinho pra te ler. Grata pela visita.
Excluir
ResponderExcluirAo te ler lembrei desse um texto intitulado "Tão Longe"
mais ou menos assim
Caminha ao meu encontro
Mas não me encontro
E fico tonto
só de pensar
que estou perdido..
E por ai segue
faz parte do meu Livro
Postei.
Eu li no seu blog, gostei. Muitas vezes temos essa sensação de estarmos sem rumo...mas é no caminho que se faz a caminhada, que se acha o rumo e o prumo. A questão é saber dar sentido para o que parece um "desvio de caminho", um "andar em círculos" , um "retroceder"...enfim.
Excluir