segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sina



Eu pertenço a ti e você pertence a mim de tal forma tão profunda que não existe chão e espaço na realidade para se materializar esse pertencimento. 


Após viver intensamente a desilusão, em suas inimagináveis possibilidades, tornei-me uma alma inalcançável aos olhos comuns, incompreensível a mentes formadas pela percepção estreita da vida. 


Desejo o sentimento tocando minha pele pela ponta dos seus dedos, como a expressão sincera de uma alma profunda e irmã na desilusão. 


Desejo mãos entrelaçadas na longa estrada da solidão. 


Desejo o desejo livre das amarras vãs que entristecem as manhãs.


Desejo estrelas e sereno nas noites que pedem acalanto, alimentando a esperança de um amanhã.


O arrepio na pele diz sim para um amor que não tem fim.

Aceito calada a sina.

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