Eu pertenço a ti e você pertence a mim de tal forma tão
profunda que não existe chão e espaço na realidade para se materializar esse
pertencimento.
Após viver intensamente a desilusão, em suas inimagináveis
possibilidades, tornei-me uma alma inalcançável aos olhos comuns,
incompreensível a mentes formadas pela percepção estreita da vida.
Desejo o sentimento tocando minha pele pela ponta dos seus
dedos, como a expressão sincera de uma alma profunda e irmã na desilusão.
Desejo mãos entrelaçadas na longa estrada da solidão.
Desejo o desejo livre das amarras vãs que entristecem as
manhãs.
Desejo estrelas e sereno nas noites que pedem acalanto,
alimentando a esperança de um amanhã.
O arrepio na pele diz sim para um amor que não tem fim.
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