Ele era um
jovem idealista e sonhador como esses jovens que existem em todas as sociedades
e tempos. O incomodava o mundo maquinado. Queria muda-lo. Nas veias, na mente e
na alma tinha muito da crítica chapliana aos tempos modernos. O maquinismo e a
insensibilidade eram vilãos na maioria de suas guerras.
Ele a conheceu
e encantou-se com aqueles encantamentos que ninguém define bem de onde veem.
Quando a olhava a via encantada também. Ela
tinha sensibilidades, como ele.
Venceram
muitas batalhas juntos, mas um dia ele não a conheceu mais. Ela começou a cultivar algumas sensibilidades que ele não alcançava, nem entendia.
Separaram-se.
Ele foi
reconhecido como herói das sensibilidades. Recebeu muitas medalhas, troféus e
homenagens. Em pedra sua sensibilidade histórica
era contada.
Altos bustos em pedra lançavam enormes sombras
às sensibilidades dela e na maquinaria envolviam o último amor que cultivava.
Assim na escuridão de um casulo respirou seu lugar.
Mas agora
chegara enfim a liberdade. Asas cresciam para um voo ao destino: o infinito.
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