quarta-feira, 29 de junho de 2011

Hoje

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."
                                                                 (Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama)



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Eu também vou....


São tantas as razões pra ir.
Da conciência e do coração.
Estruturais e conjunturais.
Politicas e poéticas.
Particulares , individuais e coletivas.
Por mim, por eles, por elas, por nós que aqui estamos, pelos que já se foram e os que virão. 

Quem ainda não se inspirou, dê uma olhadinha nessas noticias e com certeza encontrará um bom motivo pra ir também:

http://altino.blogspot.com/2011/06/epm-experts.html

http://www.ac24horas.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=18452:que-filme-e-este-que-chocou-parlamentares-da-aleac&catid=13:acre&Itemid=112

http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=_BR&infoid=8204&sid=4


http://www.youtube.com/watch?v=mdY64TdriJk&feature=player_embedded

http://danielzendoacre.blogspot.com/2011/06/polemica-sobre-o-kit-anti-homofobia-no.html

http://cineclubeopinioes.blogspot.com/2011/06/carta-de-repudio.html

Não somos uma organização. Não somos um partido. Não somos virtuais.


Somos uma rede. Somos REAIS. Conectados, abertos, interdependentes, transversais, digitais e de carne e osso.

Não temos cartilhas. Não temos armas, nem ódio.

Não respondemos à autoridades reacionárias. Respondemos aos nossos sonhos, nossas consciências e corações.

Temos poucas certezas. E uma crença: de que a liberdade é uma obra em eterna construção.

E que a liberdade de expressão é o chão onde todas as outras liberdades serão erguidas.

De credo, de assembléia, de amor, de posições políticas, de expressão cultural, de orientações sexuais, de cognição, de ir e vir... e de resistir. E é por isso que convocamos qualquer um que tenha uma razão para marchar, que se junte a nós para a primeira  Marcha da Liberdade de Expressão e Direitos Humanos.

Estudantes e professores... marchem pela qualidade da educação, ambientalistas... gritem pelas florestas, artistas de rua... tragam instrumentos, vegetarianos... falem em nome dos animais, gays... tragam sua bandeira do arco-íris, devotos de crenças diversas... compartilhem seus ideais, filósofos... dividam seus pensamentos. Venham todos, a pé, de bicicleta, de skate, patins, perna de pau... como quiserem. Somos todos cadeirantes, pedestres, motoristas, estudantes, trabalhadores! Somos todos idosos, negros, travestis, indígenas, seringueiros... Somos todos nordestinos, nortistas, brasileiros, bolivianos, peruanos, acreanos, cidadãos e... Somos livres!

Em casa, somos poucos.

Juntos, somos todos. E essa cidade é nossa!

"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..."     Cecília Meireles

Saída às 9 horas, sábado, dia 18 de junho de 2011 em frente do Sebrae na Rua Rio Grande do Sul - Centro .



domingo, 5 de junho de 2011

Aforismos


Os escritores e poetas criam aforismos. Eu também crio os meus:

Liberdade não é fazer o que se quer, mas o que não nos escraviza.

Democracia é uma utopia.

Entre ser socialista ou capitalista, social-democrata ou neo-liberal, comunista ou fascista melhor ser poeta.

Para Marx a luta de classes é motor da história, para mim, se existe um motor único é o amor.


Eu e o Mundo


Eu estava lendo um texto do livro: “Linguagem e educação depois de Babel” de Jorge Larrosa da parte intitulada Ensaios Eróticos – Experiência e paixão. O autor começa o texto com uma citação de Franz Kafka que diz: “No combate entre você e o mundo, prefira o mundo.” Quando o professor começou sua defesa da idéia de Kafka nada me ocorreu, mas depois começou a brotar em minha mente outro texto: Entre eu e o mundo prefiro o conflito.  A priori parece estranho. Pareceu-me incomodo pensar nessa preferência ao conflito. Logo eu que sempre me interessei tanto pela paz. Durante toda minha vida ‘movi montanhas’ para alcançá-la. Já abordei esse tema outra vez aqui no blog. Mas acredito que não fui muito clara onde queria chegar. E hoje com essa frase consegui aprofundar um pouco o assunto para mim e quero compartilhar aqui. Quando penso um pouco mais no assunto percebo que a pacificação muitas vezes realizada não passa de uma negação das diferenças por sermos incapazes de lidar com elas, de aceita-las. Isso, portanto, não é a paz, mas a negação dela. Por isso que parto agora em defesa do conflito como o caminho necessário para construí-la. Quando defendemos o direito a diferença, quando valorizamos a diferença é quase inevitável que ocorram conflitos. Os conflitos passam a ser apaziguados quando descobrimos a riqueza extraordinária da diferença. Mas a diferença nos faz solitários numa certa medida.  E isso assusta. Queremos ser iguais para nos sentirmos pertencendo então deixamos nossas diferenças esquecidas, as negamos e aliviamos nossa sensação de solidão. Mas então vem a maturidade (não a dos anos, mas a dos processos) e só então encontramos a tão buscada paz dos encontros entre os diferentes.