terça-feira, 18 de maio de 2010

18 de Maio: dia de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

   O primeiro passo dessa luta é entender a diferença entre abuso e exploração sexual. Porquê? Porque como todo problema social exige um entendimento preciso para uma interveção também precisa.
    Quando se fala em abuso refere-se à todas as violências sexuais que uma criança ou adolescente sofre no ambiente familiar, escolar e comunitário e que não envolve a exploração comercial. Já quando se fala em exploração sexual estamos falando do que antigamente era chamada de prostituição infantil.  Não se trata de uma mera questão de  terminologia. Crianças e  adolecentes  não se prostituem pois tal fato só ocorreria como opção, escolha consciente, o que não é o caso. Crianças e adolescentes em fase peculiar de desenvolvimente (como é preceito do ECA) não estão  aptas ou preparadas a decidir ou escolher à respeito de tal assunto.
     Outro aspecto a entender à respeito dessa questão é que nesses casos existem tanto a violência interpessoal , como a violência social e estrutural que vitima crianças e adolescentes. Para cada uma dessas situações as intervenções também são diferentes.
    Em geral busca-se a a criminalização do agressor numa  situação de violência interpessoal, mas pouco se fala das outras intervenções tão necessárias que sem elas a revitimização sempre acaba ocorrendo ou a prevenção não ocorre.
     O atendimento às crianças e adolescentes bem como às suas familias é tão importante como a criminalização dos agressores, pois reduz a revitimização e as sequelas. Ela precisa ser feita com qualidade.
   Quando se fala em exploração sexual, as intervenções adiquirem outros sentidos. Os grupos sociais vulneráveis à esse tipo de violência precisam de politicas públicas diversas que diminuam suas vulnerabilidades. Questões sócio-econômicas, culturais, étnicas e raciais são fatores que contribuem com essa vulnerabilização. Toda intervenção que fortaleça a identidade desses grupos, contribui previnindo essas situações. Familias, grupos e comunidades que recuperam ou preservam a ética do cuidado e que são socialmente valorizados não diminuem 'seu preço' na luta pela sobrevivência, expondo filhos e filhas (muitas vezes vendendo mesmo) aos grupos não tão éticos assim (turistas, elite mal resolvida na sua sexualidade e que prefere compar sexo com crianças e adolescentes à tratar seus desvios, aliciadores, dentre outros).
     A interveção integral seja na prevenção ou no tratamento dos casos ocorridos deve ser uma meta a ser alcançada por todos que querem contribuir com a solução desse problema. Faça sua parte.       
  

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