Encontrei 'Ma' (abreviação de Maria Fontes da Silva), uma velha amiga.
Nos sentamos no banco na beira do rio e rememoramos
'velhos tempos que não voltam mais'.
Ela estava abatida, com olheiras (dormindo pouco por causa da depressão) e me explicou que tivera uma crise severa de ciúmes.
Conversamos, analisamos, e ela então lembrou:
"sempre que estou menstruada tenho essas crises de ciúmes".
Ficamos refletindo sobre isso e ela explicou que fica muito insegura quando está assim pois tem medo que seu companheiro se interesse por outras nesses dias, pois ela não se sente disponível pra corresponder os desejos dele. Perguntei se era apenas sexo que os unia e ela então me disse:
"... pra mim não, mas sabe como são os homens...ás vezes acho que ele vai esquecer os momentos de alegria que dividimos, as lutas que travamos juntos e tudo que construímos e trocar por uma bunda que passe rebolando diante de seus olhos...sei que não devo pensar assim...mas os homens...são tão vulneráveis."
Fiquei sem saber o que dizer.
Ela então falou sobre o quanto ele significava, como se sentira apoiada nos momentos mais difíceis da vida, em como ele a compreendia de um jeito que ninguém mais era capaz, de como sua presença 'perfumava' seus dias dando prazer aos seus sentidos, em como tinha medo de perder tudo isso, em como se sentia insegura pois não tinha certeza que significasse tanto pra ele também.
Continuei sem saber o que dizer à ela.
Então ela me agradeceu por eu ouvi-la e nos abraçamos.
Perguntei se podia publicar essa história no meu blog.
Ela disse que sim, mas pediu que eu a deixasse anônima criando um nome fictício.
Gosto dessas filosofias sem hora marcada. São tão profundas e explicam tanto sobre a vida.
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