Mais um ano se vai.
As melhores palavras que me fazem companhia nesse tempo são ligadas à gratidão.
Em geral agradecemos somente as coisas boas, as alegrias. Mas descobri que é muito importante agradecer todas as coisas, que aconteceram, que fizemos, que fizeram sejam elas boas ou ruins. Nas dificuldades e tristezas descobrimos nossas forças e fraquezas. Aprendemos quem somos. Nas alegrias, nos acertos, nas coisas boas que fizemos e conquistamos revelemos ao mundo quem somos. Enfim, obrigado por tudo.
Alguns pensamentos para inspirar gratidão:
"A gratidão de quem recebe um benefício é bem menor que o prazzer daquele de quem o faz."
Machado de Assis
"As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo." Epicuro
"Não cobres tributos de gratidão." Chico Xavier
"Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer." Tácito
"A gratidão é um fruto de grande cultura; não se encontra entre gente vulgar." Samuel Johnson
"Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão." Jean de La Bruyère
"Aos incapazes de gratidão nunca faltam pretextos para não a ter." Gustave Flaubert
"A gratidão é o único tesouro dos humildes." William Shakespeare
"A gratidão é a virtude das almas nobres." Esopo
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Fragmentos de sonhos sacrificados
Ando pelas ruas de minha cidade e pelas esquinas de minha memória.
Encontro fragmentos de sonhos perdidos realizados, mas não são os sonhos sonhados.
Lamento pelos restos deixados pelas traças, lamento pela vida não vivida.
Colho flores e frutos do sacrifício.
Vou só por este caminho.
Encontro fragmentos de sonhos perdidos realizados, mas não são os sonhos sonhados.
Lamento pelos restos deixados pelas traças, lamento pela vida não vivida.
Colho flores e frutos do sacrifício.
Vou só por este caminho.
sábado, 27 de novembro de 2010
Mulheres loucas por amor
Morreu a Alzerina. Mas quem era a Alzerina? Era uma dessas pessoas que vagam e divagam pelas ruas, e pela vida por falta de saúde mental. Dizem que ela era uma professora, construiu sua família, trabalhava, mas depois de ser surrada pelo marido durante um resguardo perdeu sua saúde mental. Mas quem conheceu sabe das verdades e sabedorias ditas por ela em meio à sua loucura. Aquelas que só os loucos dizem.
Ela me fazia lembrar de minha bisavó. Minhas tias, minha mãe, minha vó e suas irmãs se revezavam para cuidar dela que viveu até os 96 anos. Convivi, portanto, algumas vezes com ela. Tinha o mesmo problema que a Alzerina e vivia uma situação parecida. Diziam que foi uma quebra resguardo também. Os motivos ninguém afirmava com certeza. Algumas vezes ouvi que ela tinha andado à cavalo naquele período. Outras vezes ouvi um relato que me desperta indignação até hoje.
Diziam que ela não engravidava todos os anos e os vizinhos começaram a comentar que ela usava anticoncepcionais. Naquela época essa era uma prática condenada por todos, especialmente pela igreja que regulava os costumes. Somente prostitutas e mulheres desonestas é que usavam anticoncepcionais. Especialmente nas regiões do interior e Santa Catarina onde vivia minha bisavó.
Minha bisavó foi à igreja se confessar pois era católica. O padre perguntou sobre o assunto e ela negou que usava anticoncepcionais. No sermão, diante de todos ele retomou o assunto afirmando que além de pecar ela negava o pecado. Depois do ocorrido ela adoeceu. Mas assim como Alzerina ela também dizia suas verdades e sabedorias, aquelas que ninguém dizia. Contam que minha bisavó se zangava e brigava com seu pai para que ele não matasse os índios. Ela afirmava que estes eram gente, tinham alma e que o que ele fazia era um crime e um pecado (crime legitimado pela mesma igreja que condenava os anticoncepcionais, pois era ela que dava o veredicto: 'os índios não são gente, são animais'). O pai de minha bisavó era 'bugreiro' no interior de Santa Catarina, ou seja, ela 'limpava' a área matando índios (que eram chamados de bugres) naquela região para que outros ocupassem o território.
Hoje vemos a noticia do Papa fazendo caridade ao 'permitir' que as prostitutas usem camisinha. Quanta hipocrisia!!!
Fazer esse registro, nesse momento, aqui neste blog, faz parte da campanha: "16 dias de ativismo e luta contra a violência que atinge as mulheres".
Ela me fazia lembrar de minha bisavó. Minhas tias, minha mãe, minha vó e suas irmãs se revezavam para cuidar dela que viveu até os 96 anos. Convivi, portanto, algumas vezes com ela. Tinha o mesmo problema que a Alzerina e vivia uma situação parecida. Diziam que foi uma quebra resguardo também. Os motivos ninguém afirmava com certeza. Algumas vezes ouvi que ela tinha andado à cavalo naquele período. Outras vezes ouvi um relato que me desperta indignação até hoje.
Diziam que ela não engravidava todos os anos e os vizinhos começaram a comentar que ela usava anticoncepcionais. Naquela época essa era uma prática condenada por todos, especialmente pela igreja que regulava os costumes. Somente prostitutas e mulheres desonestas é que usavam anticoncepcionais. Especialmente nas regiões do interior e Santa Catarina onde vivia minha bisavó.
Minha bisavó foi à igreja se confessar pois era católica. O padre perguntou sobre o assunto e ela negou que usava anticoncepcionais. No sermão, diante de todos ele retomou o assunto afirmando que além de pecar ela negava o pecado. Depois do ocorrido ela adoeceu. Mas assim como Alzerina ela também dizia suas verdades e sabedorias, aquelas que ninguém dizia. Contam que minha bisavó se zangava e brigava com seu pai para que ele não matasse os índios. Ela afirmava que estes eram gente, tinham alma e que o que ele fazia era um crime e um pecado (crime legitimado pela mesma igreja que condenava os anticoncepcionais, pois era ela que dava o veredicto: 'os índios não são gente, são animais'). O pai de minha bisavó era 'bugreiro' no interior de Santa Catarina, ou seja, ela 'limpava' a área matando índios (que eram chamados de bugres) naquela região para que outros ocupassem o território.
Hoje vemos a noticia do Papa fazendo caridade ao 'permitir' que as prostitutas usem camisinha. Quanta hipocrisia!!!
Fazer esse registro, nesse momento, aqui neste blog, faz parte da campanha: "16 dias de ativismo e luta contra a violência que atinge as mulheres".
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Destino
...chego na fonte de limpidas águas.Lavo meus olhos cansados de chorar.
Olho para mim, olho ao meu redor, olho para quem encontro em meu caminho.
Assim de olhos lavados em limpas águas posso finalmente construir o meu destino.
Olho para mim, olho ao meu redor, olho para quem encontro em meu caminho.
Assim de olhos lavados em limpas águas posso finalmente construir o meu destino.
Lembranças e memória.
Lembranças são como gotas que batem em meu rosto
e conchas trazidas pelas ondas que quebram na praia,
Vindas do oceano que é a memória.
e conchas trazidas pelas ondas que quebram na praia,
Vindas do oceano que é a memória.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Conversações
Seu olhar me fala
do prazer de ali estar
do querer continuar junto.
Seu olhar cala.
Cala dúvidas, medos e incertezas.
Cala tristezas e inseguranças.
Seu sorriso convida
para a alegria do encontro.
Seu silêncio abre espaço para o verbo do contrário,
Para o lugar da desesperança.
Insisto, reluto.
Guardo seu olhar,
seu sorriso,
sua voz ,
na lembrança.
do prazer de ali estar
do querer continuar junto.
Seu olhar cala.
Cala dúvidas, medos e incertezas.
Cala tristezas e inseguranças.
Seu sorriso convida
para a alegria do encontro.
Seu silêncio abre espaço para o verbo do contrário,
Para o lugar da desesperança.
Insisto, reluto.
Guardo seu olhar,
seu sorriso,
sua voz ,
na lembrança.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Se quiseres...
Vais comigo pra onde eu for...se quiseres assim.
Este vazio em nós terá fim.
Tento explicar até mesmo pra mim.
Viajo no tempo em busca das raizes deste amor.
E reafirmo o que já sei:
Este não é um amor de converter, nem de louvar.
Quando da primeira vez te vi...percebi que nada eu poderia fazer
A não ser te amar.
Um amor assim, sem razões pra começar,
Razões não terá para ter fim.
Que fazer então, senão amar?!!
Este vazio em nós terá fim.
Tento explicar até mesmo pra mim.
Viajo no tempo em busca das raizes deste amor.
E reafirmo o que já sei:
Este não é um amor de converter, nem de louvar.
Quando da primeira vez te vi...percebi que nada eu poderia fazer
A não ser te amar.
Um amor assim, sem razões pra começar,
Razões não terá para ter fim.
Que fazer então, senão amar?!!
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